Finanças Pessoais

Lições Financeiras do Pequeno Príncipe

(Texto de Julia Macedo)
Dia 06 de abril, um dos personagens mais conhecidos da literatura completou 70 anos.
“O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry é o terceiro livro mais traduzido no mundo e também um dos mais vendidos.
O livro conta a história de um piloto que, ao cair no deserto do Saara, conhece um menino de outro planeta, o Pequeno Príncipe.
Ele, por sua vez, narra suas aventuras para o piloto e conta como foi parar neste misterioso planeta, chamado Terra. O livro tem uma linguagem muito simples e foi ilustrado pelo próprio autor.
À primeira vista, lembra um livro infantil. Muitos, assim como eu, o leram na infância. Mas, na verdade, trata-se de uma obra que pode ser lida em qualquer idade – o melhor seria se lêssemos em várias – e é possível termos uma interpretação diferente a cada releitura.
No último final de semana, comecei a ler pela terceira vez. E percebi que a obra tem inclusive lições financeiras. Aliás, algumas das melhores lições financeiras que recebi não são necessariamente de livros de finanças.
O trecho que mais chamou minha atenção não foi nenhuma das famosas sentenças constantemente citadas nos mais diversos lugares, como a frase “tu te tornas responsável por aquilo que cativas” – uma das mais famosas do livro. O trecho que eu decidi destacar aparece um pouco antes:
– A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, se tu queres um amigo, cativa-me!
Segundo a raposa, cativar é uma coisa muito esquecida, significa criar laços.
Há alguns anos, assisti a uma palestra sobre o filme Up! do consultor financeiro Jurandir Sell Macedo. Nela aparecia um slide no qual ele mostrava quatro pontos importantes para a felicidade: ter prazer, amar e se sentir amado, contribuir e entender o sentido da vida.

 

No livro, o que o pequeno príncipe procurava era justamente um amigo, amar e se sentir amado. O interessante é que na palestra, Macedo mostrava que para ter prazer o dinheiro influenciava bastante, mas para amar e sentir-se amado, o dinheiro influenciava muito pouco.
O que quero dizer com isso tudo é que a gente não deve deixar de gastar dinheiro para ter prazer, desde que seja pra ter prazer de verdade, e não para nos sentirmos amados!
Tenho visto muitos amigos, colegas e conhecidos reclamando que nunca têm dinheiro para realmente aproveitar a vida, que gastam tudo com “obrigações sociais” e que depois na hora de fazer o que gostam não têm mais dinheiro.
Eles normalmente acham que não precisam de educação financeira, porque isso é coisa de endividados. Mas não é. Educação financeira não é só para resolver problemas financeiros, é para não deixar que eles surjam.
Quem não consegue organizar as finanças para fazer o que gosta também precisa aprender a gastar melhor seu dinheiro!
Júlia Macedo é estudante da quinta fase do curso de Administração da UFSC. Trabalha no IEF desde junho de 2011.
Um abraço! Que bom que você veio, volte sempre e traga mais amigos.

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